domingo, 11 de agosto de 2013

Feliz dia dos pais

Quero começar essa postagem de uma maneira convidativa: Feliz dia dos pais! 
Agora me questiono: Isso faz sentido para mim?
Nenhum.

Há anos eu não vejo o menor sentido em dia dos pais. É mais um dia que se passa em branco. É um dia que eu apenas quero dormir o dia inteirinho só para não ouvir/ler/ver todo esse clichê de "Pai, eu te amo!" ou "Pai, você é o melhor pai do mundo!". Acho ótimo quem ama o pai, quem tem pai e acha que o pai é o melhor do mundo. 
Mas por que tantas obrigações? Por que só podemos ter um único pai? E se esse pai não te representa? Se ele não te liga? Tem que carregar eternamente esse fardo de "eu tenho um pai distante, que eu mal sei quem é"? Mas, olha, eu não aguento isso.
Me lembro de quando eu era pequena e todos os anos faziam festinhas na escola para o dia dos pais, com música, coreografia e mil e um presentinhos. Eu não encontrava sentido em fazer tudo aquilo para encontrar a minha mãe me assistindo. Eu realmente precisava disso?

As circunstâncias me fizeram encontrar um novo conceito para "pai" e, depois disso, tudo só melhorou. Pai não é o cara que te pôs no mundo, porque isso é fácil. Às vezes, pai não é nem o cara que te cria, porque nem sempre se encontra amor nessa relação. Pai é o cara que você reconhece como pai. É o cara em quem você pensa quando comentam algo sobre pais. É o cara que você adoraria que te levasse ao altar da Igreja quando for casar. É o cara que te ensina coisas novas sobre a vida. É o cara que senta ao seu lado para compartilhar conhecimento, seja ele qual for. É o cara que dá puxões de orelha quando pode. É o cara que fala "vai estudar!". É o cara que você gostaria que passasse o dia dos pais contigo.
Depois de muito tempo, eu encontrei um pai. 




Muito obrigada. 

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