sábado, 25 de fevereiro de 2012

O tempo passa mais rápido do que o tempo que eu paro para me dar conta disso. De um em um dia, passou-se um mês... e de nada adianta. Perdemos nossos dias a toa, como se fôssemos viver para sempre, como se o mundo parasse para nós termos um tempo de descanso. Mas não, nada disso acontece, e o tempo voa. Eu gostaria de abrir os olhos de algumas pessoas e falar: "Acorda, criança, essa é a sua única vida, e o tempo está passando, hoje é hoje e não voltará mais amanhã... Viva e aprenda que é de cabeça erguida que se vive a vida."
Algumas pessoas parecem viver apagadas, e que precisam de alguém com coragem suficiente para sacudi-las e mostrar que tudo é passageiro, e que devemos aproveitar o que temos. Alguém que lhes abrirá os olhos e mostrará que se deve sempre seguir em frente, independente do que possa vir a acontecer. E que não tem motivos de abaixar a cabeça para ninguém, pois você é você, e amor-próprio é o mínimo que se deve ter.
Confie em si mesmo e sempre haverá motivos para sorrir.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fiz de meu coração, tripas. Sinto como se algo dentro de mim fosse esmagado cada vez mais e mais, e minha vontade de sair gritando e fugir torna-se constante. Algo morreu em mim, porém deu lugar a uma nova situação, a um novo momento. Não que ele seja algo bom, pelo contrário. Agora entendo o desespero de um artista ao falar de amor, agora entendo tudo o que dizem sobre dor e amor, e sua rima e combinação. Sinto-me como se eu estivesse com um profundo buraco em meu peito, como se algo muito importante me foi tirado... e de fato foi. Lembro-me de tudo desde o primeiro momento, infelizmente. Ou felizmente, não sei ao certo. Lembro do cavalheirismo que me conquistou e, não apenas isso, sua aguçada inteligência e aparente maturidade. Sim, eu tinha a impressão quase certeira de que suas atitudes não correspondiam a sua idade. Tornei-me então, admiradora de tudo o que você dizia, e me sentia na vontade de te fazer surpreender com a minha personalidade e inteligência. Eu sabia do que eu era capaz de fazer, e assim o fiz. Não queria me entregar a nada e nem a ninguém, minha alma sagitariana, livre e solta não permitia que alguém pudesse me fazer vulnerável. Mas tão vulnerável quanto todas as outras, me vi apaixonada. E então, quando se está nessa encruzilhada, sabe-se bem que não tem como fugir, e que o único jeito é se entregar... e amar. Seu olhar em encontro ao meu era algo realmente apaixonante. Dava para ver amor, fogos e tudo o que tem direito numa cena perfeita de filmes românticos e bem água-com-açúcar. Comecei a ver sentido nessas coisas tão tolas, e me via sorrindo sozinha, e pensando o tempo todo nesse certo garoto tímido e desajeitado que me despertou interesse. Me sentia insana de fugir de casa, de manter um segredo para ir ao seu encontro, apenas para ver seu olhar apaixonado e admirado com a minha imagem. Tudo em mim estremecia, e sabia que aquilo era amor, apesar de não querer admitir de maneira alguma. E aquele caso que quase era um menage à trois, fez-me assumir os meus sentimentos, e deixá-los claros a quem quer que seja.
Em um certo dia do mês de março, desci as escadas, com uma roupa bem meiga, com um perfume que marcasse aquele momento, e fui ao encontro daquele mystérieux garçon que mexia com a minha seriedade. Sabia que aquele dia não seria apenas mais um dia em minha vida... poderia ser o começo de uma grande história de amor. Ah, l'amour... Uma carta de três folhas, com versos apaixonados, ilustrados por uma letra destorcida, foi essa a lembrança que me restou daquela singela tarde em que meus lábios tocaram os seus pela primeira vez. Algumas lágrimas de felicidade, um teto de vidro e uns idosos a nos olhar estranhamente. Talvez não fosse a melhor imagem a se ter quando se pensa de um momento marcante, mas nós fomos diferentes. Coisas como curvas, clones, carne, idosos e timidez diz muito o que foi aquela tarde. Doce é o amor. Até que o doce se estraga, passa da validade... e nos vemos no hoje. Nos vemos no adormecido amor que aos poucos o vento vai levando... e então, o que me resta é apenas lembranças de um tempo que não voltará. Suas palavras foram se empoeirando dentro de minha gaveta, assim como o brilho ficou no passado, em algum lugar antes do sol se pôr, antes de você cair no sono e antes que as cortinas se fechassem, me fazendo cair aos prantos, com um coração na mão, um lago ao meu redor, e um abismo enorme dentro de mim. Mon petit prince, mon pensieur, mon Peroni.